Com o retraimento político de Balduíno de Carvalho e sua consequente retirada da vida pública, surge em Itaporanga uma renovada e corajosa liderança, na pessoa do jornalista José Soares Madruga. Um arrojado analista político que já havia participado de inúmeros embates eleitorais, tanto em sua terra como a nível estadual. Ele chegou revolucionando a vida do município e ao longo dos 15 anos em que esteve na Assembléia Legislativa trouxe a Itaporanga, e para o Vale do Piancó, diversos benefícios, representados pela construção de obras e instalação de vários órgãos regionais que mudaram completamente as relações de forças entre Itaporanga e outras cidades da região.
Em João Pessoa, atuou como redator do jornal "Tribuna do Povo" e depois em "A Notícia". Pela excelência dos seus textos e a clareza dos seus comentários foi convidado a assinar a coluna "Diário da Política" do jornal Correio da Paraíba, de propriedade de Teotônio Neto, que começava a dominar os meios de comunicação do Estado, pelo que, anos mais tarde Madruga tornou-se um dos principais responsáveis. De analista, madruga passou a secretário e pouco tempo depois já era diretor do jornal, substituindo no cargo o deputado José Teotônio. Soares Madruga fez do Correio da Paraíba um matutino vibrante e respeitado em toda a comunidade paraibana. Em 1968, Madruga implantou a Rádio "Correio da Paraíba", que funcionou sob o seu comando no Ponto de Cem Réis, de onde saiu para a Rua Barão o Triunfo, onde funcionava o jornal.
Com o apoio do piancoense Teotôneo Neto, que era deputado federal, Soares Madruga deixa o jornal e ingressa na política propriamente dita, conquistando o primeiro mandato de deputado estadual em 1974. Reeleito em 1978. Reconduzido, novamente, à Assembléia Legislativa em 1983, desta feita para ser eleito Presidente no biênio 83/84 o que lhe permitiu, na administração Wilson Braga, assimir o Governo do Estado, mesmo que pelo curto período de 15 dias. Quando deixou a Presidência da Casa de Epitácio Pessoa, Madruga foi convocado pôr Wilson Braga, que vivia um momento administrativo muito delicado, paraassumir a Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado.
Soares Madruga foi, ainda, eleito para um quarto mandato mas a morte, em 14 de dezembro de 1989, o ceifou no melhor período de sua vida pública, quando ele já era apontado e reconhecido como uma das principais lideranças do Paraíba. Ele nasceu na fazenda Cardoso, no dia 25 de dezembro de 1930, herdando do pai (Chagas Soares) o gosto pela vida pública.
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